No
passado dia 10 de Março foi apresentado em Assembleia-geral, o
relatório de atividades/gestão do ano 2013, tendo sido aprovado por
unanimidade o seu conteúdo. Esta assembleia magna, pautou, uma vez
mais, pela pouca afluência de sócios.
Sei
que para além de dar muito trabalho ser dirigente associativo (e nem
sempre ser devidamente reconhecido), uma boa receita para um projecto
associativo vingar são necessários vários factores, entre os
quais:
- Ter sócios e/ou pessoas com gosto de trabalhar em prol da comunidade;
- O apoio da comunidade local e alguns "mecenas"; e
- Uma sede ou instalações para se reunir e confraternizar
Convém salientar que não pretendo aqui fazer diagnósticos rigorosos nem trago receitas salvadoras. Pretendo simplesmente alertar e despertar consciências porque a nossa freguesia/concelho é riquíssima em associações e elas contribuem de forma significativa para o nosso crescimento, para o conhecimento que temos de nós e para as dinâmicas sociais e económicas locais.
A Milho D’Oiro tem como objectivo primordial desenvolver e fomentar a sua área de intervenção, conectando os associados e a população em geral a um determinado propósito, que terá como finalidade desenvolver a comunidade local. O voluntarismo é a sua nota marcante, contudo o voluntarismo associativo só tem um propósito: desenvolver culturalmente e economicamente o ambiente microeconómico no raio de actuação desta. Estamos a trabalhar para que o seu raio de actuação não consista somente na realização de eventos com carácter lúdico ou até mesmo desportivo mas sim, estabelecer alicerces sociais e económicos com a população em geral e as instituições locais (juntas de freguesia, câmaras, fundações e o tecido empresarial).
Pelo
que vou apreciando e, pelas conversas que vou mantendo, constato que
grande parte do associativismo está a passar por grandes
dificuldades. Refiro-me ao associativismo assente simplesmente em
voluntariado e não ao que se profissionalizou criando
associações/empresa que aqui e ali vão aparecendo.
Vamos,
Gavienses,
estar no movimento associativo é uma das componentes do exercício
consciente da cidadania, da liberdade de expressão e de acção. Ao
associativismo não compete apenas dar resposta a necessidades
colectivas de ordem económica, social ou cultural; ao associativismo
compete ser contra-poder até onde for necessário, promover e
proteger o direito ao livre arbítrio, educar para a intervenção
sobre a comunidade e a sociedade.
Juntos,
envolvendo também as autarquias, esperam-se outras formas de
colaboração e de financiamento, para que a nossa cultura local seja
um baluarte para as pessoas, uma esperança que se fortalece para que
o futuro esteja sempre assegurado. Pior que vivermos só para nós
próprios é deixarmos também de ter memória e acantonarmo-nos no
vazio dos dias que passam sem histórias e lembranças.
Paulo Cid
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